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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

13 ANOS DE EVANGELISMO NO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO SÃO PEDRO

IDE...

Testemunho e exemplos de quem faz Evangelismo, veja os depoimentos e toda matéria abaixo:

Nós não somos pioneiros no HPSP.  Antes de nós, outros irmãos se compadeceram da situação dos doentes mentais e levaram Jesus até o interior daquela casa e daquelas vidas.  Não sabemos de todos porque o hospital tem 128 anos e o nosso povo não tem o hábito de documentar os trabalhos, mas sabemos os que estiveram ali um pouco antes de nós, como a incansável irmã Tereza, acompanhada da irmã Rosa Evangelista e outros servos do Senhor que ajudavam os servidores do hospital a dar banho, vestir e alimentar os pacientes para que pudessem assistir ao culto.  Sabemos também do trabalho de evangelização e ajuda realizado pelo querido irmão Alcides Weber.  A irmã Paulina, freira que trabalha há muitos anos no Hospital, falou-nos do abençoado trabalho da irmã Tereza e do Bispo Weber. Estes queridos irmãos já estão na eternidade.


Nosso trabalho no HPSP Iniciou no mês de abril de 1999 e foi feito numa parceria da EBD com o Departamento Jovem. Foi num momento em que a Igreja Assembléia de Deus - Distrito Partenon estava envolvida num grande esforço evangelístico que enxergamos o HPSP dentro da nossa responsabilidade evangelizadora.  Levantamos os olhos e vimos, não só o HPSP, mas também o Instituto Psiquiátrico Forense e o Hospital Sanatório Partenon.  De todo o esforço feito, apenas o HPSP autorizou nossa visita, no início condicionado à autorização da direção geral todas as vezes que íamos lá.  Era preciso encaminhar um ofício e esperar a autorização. Depois fomos entrando pela cancela deixada entreaberta e continuamos até hoje.
Iniciamos com um bom número de cooperadores.  Sempre tínhamos 15 ou mais irmãos participando com instrumentos de sopro, teclado, violão... O Pastor Gilberto de Brito Lima, dirigente da Igreja nesta época, e o Pr. Eliezer Morais, dirigente posterior, sempre que possível, nos acompanhavam neste trabalho de evangelização. Outros obreiros, como Pr. Iguaçu e o Ev. Anderino participaram de algumas visitas. Mas basicamente o trabalho de evangelismo era realizado pelo grupo de jovens e irmãos da Igreja que mais tarde recebeu o nome de ComPaixão – um sentimento de misericórdia expresso apaixonadamente.
No primeiro dia não nos animamos a entrar nas unidades.  Fizemos um culto no pátio, mas depois fomos entrando, conhecendo o ambiente, as pessoas, e passamos a considerar o HPSP como uma congregação do Distrito Partenon.  E muitas vezes tenho dito aos irmãos que trabalham comigo: Não é qualquer obreiro que tem uma congregação assim.
O trabalho no HPSP é um trabalho de amor. E é o amor que caracteriza os irmãos que fazem parte do Grupo ComPaixão. Muitas vezes ficamos profundamente tangidos diante de um quadro chocante da situação do paciente.  E algumas vezes precisamos fazer um grande esforço para não chorar diante deles. Outras vezes é um sentimento de indignação que nos acomete.  Mas oramos sempre para não sermos tocados pela frieza da indiferença. Sempre que possível apertamos a mão da cada um dos pacientes das Unidades que visitamos. Também, quando possível, nós abraçamos e nos deixamos abraçar.  Entendemos que um aperto de mão e um abraço são expressões de afeto muito importantes para qualquer pessoa e deve ser também para os pacientes que muito raramente recebem visita de algum familiar ou amigo.
Aprendendo a evangelizar no HPSP - No início foi difícil, mas com o tempo aprendemos a não comparar o valor da vida do paciente do HPSP com outras vidas possíveis ou concretas.  Também procuramos não pensar ou comentar sobre o sentido da vida deles, enquanto doentes mentais. Centramos nosso trabalho em descobrir qual a melhor maneira de lhes comunicar a mensagem de Jesus, considerando as pessoas que eles são e o tipo de vida que possuem. O objetivo do nosso trabalho no HPSP é a salvação dos doentes mentais.  Eles não podem vir a uma Igreja, então a igreja vai até eles.  Aprendemos também que o Evangelismo no HPSP é um tipo de trabalho que tem que levar em consideração o contexto geral do hospital – desde o guarda na portaria até o agente de saúde que está de plantão.  Outro aprenzidado que tivemos é que precisamos adequar a forma do Evangelismo à realidade do ambiente. Quando um paciente está em surto, todo o ambiente fica perturbado.  Todos ficam inquietos, agitados e qualquer barulho é um choque. Por isso é preciso adequar a programação do culto.  Falamos em voz baixa, cantamos hinos suaves de adoração, fazemos oração de poder, mas sem levantar demasiadamente a voz e pronunciamos suaves palavras de autoridade.
Neste dia não abraçamos e nem apertamos as mãos dos pacientes.  O toque pode ser inadequado. Pode ser entendido como agressão e não afeto. Outro aspecto da adequação é a aplicação das palavras. Muitas vezes o Senhor enche de graça os nossos irmãos encarregados do louvor, da mensagem ou da oração e eles proclamam com uma certeza que comove e encanta: “No céu nós seremos todos iguais; Lá vocês não vão morar numa casa separada como aqui; Lá vocês não terão nenhuma doença; E nós vamos ficar muito, mais muito felizes mesmo quando nos encontrarmos  no céu!” Esta é a forma de falar do céu para eles.  Usando os pronomes “nós” e “vós”, suaviza o impacto. Porque céu para eles é sinônimo de morte. E, se perguntarmos, inadvertidamente, quem quer ir para o céu, naturalmente todos sacudirão a cabeça negativamente.  Também somos cuidadosos ao falar em abandono, família, morte, ou qualquer outro assunto que afete diretamente a realidade de suas vidas.

MEMÓRIAS   TESTEMUNHOS   DEPOIMENTOS   COMENTÁRIOS
Argeu – Isto aconteceu no primeiro dia, no primeiro culto.  Eu estava dirigindo o culto e um paciente, sentado no cordão da calçada junto aos demais, perguntou o meu nome. Eu respondi e ele baixou a cabeça e ficou repetindo o meu nome em voz alta.  De tempos em tempos ele levantava a cabeça e me olhava como que perguntando se estava certo.  E eu respondia afirmativamente. Então ele voltava a baixar a cabeça e repetir meu nome novamente.  Isso aconteceu durante todo o tempo do culto.  No final do culto improvisado perguntei o seu nome.  Disse-me que era Argeu. Pois o Argeu nunca esqueceu o meu nome. Ele sabia o dia da nossa visita e nos esperava na entrada do hospital, mas até que chegássemos ele atormentava os guardas perguntando pela Stela. Ficou nosso amigo e sempre pedia que orássemos por ele com imposição de mãos.  E saia pelo hospital repetindo, como era seu costume: Eu estou salvo pelo sangue de Jesus!  No decorrer do tempo o Argeu me pediu para levar uma Pepsi Cola fora do gelo e eu levada a cada visita que fazia. Um dia que eu não pude ir ele chegou à portaria e disse ao segurança de plantão: Em nome de Jesus, me dá uma Pepsi Cola fora do gelo.  E o segurança me contou depois.  Como é que eu não iria dar?  Olha no nome de quem ele pediu! Um dia chegamos ao hospital e não encontramos o Argeu.  Quando perguntamos nos informaram que numa noite daquela semana ele foi encontrado já sem vida no banheiro da unidade. Todos nós ficamos tristes e silenciosos por alguns momentos. Mas todos nós sabíamos que o Argeu tinha aceitado Jesus e isso trazia paz para o nosso coração.  Ele já estava com o Senhor e não era mais um doente mental.
Aninha – No início a Aninha chorava o culto todo.  Ela chorava alto e perturbava o culto. Nós não sabíamos o que ela tinha.  O Thani ficava ao lado dela segurando-lhe a mão e tentando acalmá-la.  Isso acontecia em todos os cultos e durante muito tempo.  Um dia quando acabamos de cantar o hino 15, a Aninha continuou cantando sozinha: Foi na cruz. Foi na cruz!   A Aninha estava liberta.  Desde então a Aninha nunca mais chorou ou perturbou os cultos.  Quando chegamos à Unidade em que ela mora, a reação dela é de grande alegria. Ela segura com força a nossa mão, beija, e diz coisas que não entendemos, mas sabemos que são expressões de carinho.  A Aninha ainda vive.
Dominga.  Ela sempre queria um folheto e atrapalhava o culto falando alto, mostrando a quebradura que tinha nos joelhos e nos braços e se queixando.  Um dia quando chegamos lá ela me tomou pelo braço e me arrastou literalmente para um dormitório.  Ela dizia sem parar: Tem que orar por ela.  Está muito magrinha, não come nada...   Orei pela paciente acamada e me surpreendi com a Dominga.  Ela repetia a minha oração com muita clareza e muita fé.  A paciente sarou e a Domingas começou a se lembrar de fatos da sua vida.  Disse que tocava violino na Igreja e que quando sua mãe morreu, ela colocou a Bíblia grande e linda dentro do caixão, porque era o maior tesouro da sua mãe.  A Dominga já está com o Senhor.
Seu João.  O seu João era um ancião que, geralmente, estava sentado em uma cadeira de rodas e era tão simpático que se chegássemos à Unidade dele e ele não estivesse no salão, qualquer pessoa do grupo saia a procurá-lo. O seu João era especial para todos os membros do grupo. A Cenira e a Cláudia se revezavam ao lado da cadeira dele durante o culto e após o culto havia sempre alguém lhe respondendo as indagações ou ouvindo da sua alegria pela mensagem ou pelos hinos. Um dia, depois que a Cenira ministrou a Palavra, seu João lhe pediu insistentemente uma imagem de Jesus.  A Cenira tentou lhe explicar que Jesus está presente em Espírito na nossa vida, mas ele continuava irredutível.  Eu O quero aqui junto de mim, dizia. A saúde do seu João era frágil e num sábado, durante o culto, ele disse para a Claudia: “Jesus está me chamando!” Quando voltamos na visita seguinte, ele já estava na eternidade.    Maristela Silva
“Quando iniciamos a visitação no HPSP conhecemos um interno chamado Cacá. Em algum momento da vida, o Cacá deve ter conhecido o Evangelho, porque participava dos cultos dando aleluias e glórias a Deus, no seu jeito de falar. E no primeiro culto ele nos surpreendeu tirando um pequeno frasco de desodorante vazio da sua mochila e oferecendo-me para usar como microfone. Naturalmente eu cantei com aquele microfone improvisado do Cacá o que se tornou um costume naquela Unidade. Um dia em que eu não estava muito bem, emocionalmente falando, quando havia saído da unidade, ouvi o Cacá gritando: Ia, eu te amo! Aquilo foi muito importante para mim. E eu pensei: Muitas vezes nós vamos consolar e no final das contas somos nós os consolados. O Cacá se tornou uma pessoa especial para o meu coração. Ele faz uma festa sempre que me vê e fica gritando sempre que vou embora: Ia, eu te amo!
Outro acontecimento que me tocou muito está relacionado a uma senhora que tinha um câncer no olho. Ela estava nos fundos do refeitório, deitada em um banco e de costas para nós.  Eu fui até onde ela estava, toquei levemente em seu braço e ela se virou para mim.  Então me inclinei e lhe falei de Jesus.  Quando acabei de falar a senhora me disse: ‘Que bom que vocês vieram aqui iluminar nossas vidas porque até agora eu estava nas trevas’. Fiquei profundamente comovida e sai apressadamente da Unidade para não chorar ali dentro.” Cenira Câmara
“Eu era membro do grupo de jovens e professora da EBD do Partenon em 1999. Assim participei do primeiro ano de Evangelismo no HPSP e o que lembro é que quando cantávamos o hino “foi na Cruz” os pacientes cantavam e choravam. Penso que esta é uma boa lembrança porque caracteriza muito bem o momento especial e o nível espiritual do grupo que iniciou o trabalho no Hospital São Pedro.” Christiane Salomoni
“O Todo Poderoso nos ensina diversas lições no decorrer de um dia. Quando trabalhamos no HPSP vale por um mês ou mais. Quando percebemos a harmonia providenciada por Deus em benefício dos pacientes nas unidades, uma alegria quase que inexplicável brota no nosso ser. A presença de Deus muda as circunstâncias e as pessoas envolvidas naquele momento. Deus trabalha em nossas vidas, mudando conceitos e ideias que, na verdade, a sociedade nos apresenta desde muito tempo. Aprendo que Deus está interessado na nossa saúde mental, no nosso crescimento e amadurecimento. O relacionamento e o sentido de viver mostram-se fortemente nesse contexto. Lembro quando uma paciente foi levada até a igreja. Dona Vilma falou diversas vezes que aquele dia foi o mais feliz da sua vida. Vilma esteve no HPSC por muitos anos. Um evento marca minha participação no HPSP. A paciente Izabel praticamente me adotou. Certa vez, ajudado por minha esposa, construí diversos barquinhos segurados por palito de picolé e distribuí aos pacientes como lembrança da passagem bíblica referente a passagem de Jesus no mar da Galiléia. Na outra visita, quando cheguei à sua unidade, Izabel havia guardado embaixo de seu travesseiro todos os barquinhos e, prontamente, me devolveu todos. Izabel não fala nenhuma palavra, mas seu sorriso me conquistou.O equilíbrio e a centralização que precisamos para viver encontramos naquele que nos amou, o Mestre Jesus.” Marcos André
“Com respeito às minhas participações nos cultos realizados neste hospital psiquiátrico, de muitos fatos que presenciei, ressalto três situações que não só me surpreenderam, como também me intrigaram:
a) quando me mostraram um paciente que fora porteiro numa das nossas igrejas de PAlegre;
b) quando chegamos numa das unidades femininas para realizarmos um culto, uma das pacientes nos recebeu cantando “que povo é este, quem é este povo, este povo é que vai morar no céu”;
c) no último culto no mês de junho, numa outra unidade, uma delas veio em minha direção com um cigarro feito por eles mesmos (utilizam restos das baganas) na mão e me pediu se tinha fogo.  Disse que não. Então ela se dirigiu ao irmão que estava ao meu lado. A pergunta e resposta foram as mesmas, porém, ela, ao olhar para as mãos dele reparou que segurava uma Bíblia, e, dando uma risadinha falou ironicamente: é uma Bíblia. E Saiu de perto de nós cantando “caminhando vou pra Canaã".
A paz do Senhor.
José Weber
“chegou perto dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão” Lucas 10:33b
“As tardes de evangelismo no HPSP marcaram nossas vidas, pois em muitos momentos vimos o Senhor Jesus manifestar seu amor por pacientes, funcionários e por nós. Lembro-me de um senhor que se arrastava no chão frio como uma cobra e em uma das tardes alguns de nós oramos de forma específica por ele. Nos sábados seguintes ele já estava com outra aparência e sentado, participava dos cultos. Por vezes as Unidades se transformavam em verdadeiras congregações, onde o ambiente era tomado pelo Espírito Santo e todos ali recebiam a Palavra, louvavam e oravam juntos ao Senhor, Aleluia!”  Thani e Daniela
“Desde que comecei a fazer as visitações no Hospital São Pedro percebi que existia uma grande necessidade de amor, atenção e salvação naquelas vidas. Também senti um grande reconhecimento deles para conosco e muito carinho em cada ação, mesmo que da maneira deles.  Um fato interessante foi um dia em que estávamos em uma unidade feminina e uma senhora que se encarinhou muito comigo ao final do culto pediu que nós ficássemos aquele dia. Ela disse que haviam muitos quartos na unidade e nós poderíamos pousar aquela noite. Ou seja, ela não queria que fossemos embora. Em algumas oportunidades também , eu me emocionei com as vovozinhas e pensei que uma daquelas velhinhas poderia ser minha avó ou minha mãe e estão ali desprovidas de amor, atenção , um abraço.”Saul Añez Paz

“Parabéns! Congratulamo-nos com o Grupo “Compaixão” pelos treze anos de excelente trabalho entre os internos do HPSP. Tivemos a honra de participar de alguns encontros, apoiar projetos e orar pelo grupo e, conhecemos a envergadura espiritual de seus participantes. Com certeza, é o mesmo amor que Jesus demonstrou enquanto visitava aldeias e via a multidão tão carente deste sentimento como do vestido e do pão. Sabemos que, mesmo que vejamos pessoas sendo alcançadas pela Luz do Evangelho e desfrutando da dignidade a que tem direito, somente a eternidade poderá revelar os frutos deste lindo trabalho. À direção do hospital, à equipe médica e de enfermagem, nosso agradecimento pelo espaço e apoio concedidos. Aos participantes do Grupo “Compaixão” nossas congratulações e a todos colaboradores, a certeza que todo o esforço tem sido anotado por Deus e Ele os recompensará por tudo.”
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”. I Cor 15.58
Pr Gilberto de Brito Lima
Julho/2012


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